First Love - 06
Desde o primeiro dia do estágio nesta cafeteria até agora, eles tinham passado por quase metade do programa.
Phai aceitou que ganhou muitas experiências que eram extremamente diferentes das que tinha em sala de aula, como clientes difíceis, divisão justa do trabalho e serviços que precisavam de muita paciência. Até mesmo o frasco de vidro de Saendee que estava cheio de definição de amor, hoje, tinha sido enchido, chegando à metade do frasco.
"Até o final deste estágio, acho que você terminará de escrever o caderno inteiro".
A partir de sua ideia lúdica, agora, o frasco de vidro de Saendee se tornou uma das identidades da cafeteria. As pessoas sempre desdobram papéis para ler algumas mensagens ou mesmo colocar suas próprias mensagens dentro.
"Se o caderno estiver cheio, podemos apenas pegar um novo. Fico feliz que haja mais pessoas prestando atenção do que eu esperava"
"Você ainda não me respondeu, Saendee. O que você vai fazer com essas histórias? Você vai transformá-las em uma novel?"
"Se eu realmente fizer isso, você se importará de ler, Phai?"
"Nah, eu não leio histórias tristes". Phai balançou a cabeça como resposta, enquanto organizava a mesa do lugar.
"Você quis dizer a história de Wayu?"
"Você não acha que é triste?"
"Em uma história tão triste... havia felicidade nela"
"Bem, suas expressões soam bem. Você pode se tornar um escritor, Saendee"
Saendee sorriu como um sinal de concordância enquanto seus olhos procuravam o frasco de vidro localizado no balcão. Seus olhos têm um significado profundamente escondido.
"Você acredita em destino, Phai?"
Phai riu e brincou: "Saendee, por que você trouxe à tona algo assim do nada logo de manhã? Você quer dar em cima de mim?"
Saendee balançou a cabeça e simplesmente respondeu Phai com um pouco de seriedade: "Sua alma gêmea, se você vir uma, você apenas saberá. Se esse dia chegar, então você pode me responder se acredita ou não em destino"
"Olhe para você... destino, alma gêmea e tudo mais. Se eu realmente tenho uma, então me dê uma dica. Como será a minha alma gêmea? Ela é bonita? De aspecto chinês? Popular ou alguma garota mais velha?" Phai estava apenas brincando com Saendee enquanto arrumava os copos em seus lugares. Ele não pensava muito sobre o que estava falando.
"Phai, não tente adivinhar. Você logo saberá"
"Muito bem, seja lá quando esse dia chegar. Como será que nossos amigos estão se saindo durante o estágio?" Phai trouxe um novo tópico à tona.
"Ouvi dizer que Pok, seu melhor amigo, trabalha como técnico de natação para crianças, certo?"
"É nisso que ele é bom. O que devemos nos preocupar com ele não é sobre o trabalho de meio período. Eu não sei se ele será capaz de sobreviver a recuperação escolar. Ele só pratica o dia inteiro, quando é o tempo de estudos?"
Phai vinha pensando nisso há dias, sobre o fato de Pok reprovar nos testes.
Phai apenas conseguiu passar. Ele estava pensando se precisava arranjar um tutor para seu melhor amigo. Mas como ele poderia encontrar alguns bons tutores?
Então, Phai teve uma idéia. Ele já tinha em mãos uma boa ferramenta para alcançar toda a escola perto dele.
"Onde Saeb jogou o lixo fora? Será que ele caiu em uma vala ou algo assim?"
Falando no diabo, Saeb apareceu na porta da frente.
"Pare de vadiar, cara". Phai fez uma piada.
"Que diabos eu fiz? Levei algum tempo para melhorar nossa conexão com os clientes. Você não sabe nada, Phai. Eu estava melhorando nossa base de clientes"
Phai acenou com a cabeça. Pelo caráter de Saeb, bem, ele podia acreditar. Ele é ótimo em conversar e desenterrar tópicos para conversas de fofoca. É o ponto forte dele!
"Saeb, posso ter o número do nosso presidente?"
"Tong? Por que você precisa disso?"
"Eu tenho um pedido a fazer a ele. Hoje você pode sair mais cedo. Eu posso cuidar do resto para você".
Saeb levantou a sobrancelha, mostrando a Phai a tela de seu celular, com o número para que ele anotasse.
"Rapazes, começou a ficar lotado aqui". Saendee avisou sobre os clientes que chegavam. Depois, os três trabalharam duro para ajudar outros funcionários da loja.
"Aquele cara... o alto que está com uma moça bonita, sentado ao lado da janela. Qual é o pedido deles?" Phai estava prestes a servir, mas ele estava ficando confuso com tantos pedidos.
"Oh, é o Phadbok, certo? Ele é um estudante do terceiro ano em engenharia. Sim, é isso mesmo. Sentado com Yuki. Aqui está, eu achei, você pode servir agora."
O talento de reconhecer as pessoas e saber quem são é algo óbvio para Saeb.
"Saendee, você pode fazer outro conjunto de bebidas. Jack e Jill virão em seguida. Eles são amigos do Padbok".
"Você realmente conhece a universidade inteira, Saeb?" As mãos de Phai estavam ocupadas trabalhando.
"Só os mais populares. Ele também é popular. Koh, o estudante do segundo ano. Ele é a lua da faculdade de odontologia". Saeb apontou o dedo para um jovem bonitão sentado, para mostrar a Phai.
"E quanto à sua idade, aniversário, altura e status? Você não está trabalhando bem hoje em dia". Phai brincou e riu. Saeb bateu com tanta força em seu ombro que a água dentro do copo que ele segurava quase derramou para fora.
"Eu só sei que metade dos caras desta universidade estão tentando dar em cima da Yuki. Mas, acho que o Padbok é o vencedor deste jogo". Saeb analisou com confiança.
"Acho que eles não vão acabar juntos". Normalmente, Saendee nunca havia compartilhado muito de sua opinião sobre as relações das pessoas.
"O que o fez pensar assim, Saendee?"
"Eu apenas sinto... que não está certo"
"Phai, o que você acha?" Saeb se virou para ele, esperando pelo apoio.
Woah... de repente, estou em apuros.
Phai olhou para ambos os seus amigos, do lado esquerdo e do direito. O que ele deveria dizer?
"Escolha agora, Phai. O perdedor trabalhará o turno da noite para o vencedor. Se você ficar do meu lado, Padbok vai conseguir".
"Acho que não devemos apostar sobre isto"
Saendee ainda é Saendee. No entanto, o jogo de Saeb é interessante para Phai, já que ele nunca gostou de ficar acordado a noite toda.
Phai olhou para o casal que estava flertando na mesa ao lado da janela. Tudo parecia tão bom. O que estava cegando os olhos de Saendee para não ver isso?
"Saendee, no próximo turno da noite, você vai ficar sozinho com certeza. Eu fico do lado do Saeb"
Depois disso, os três estavam tão ocupados que não tiveram tempo de notar mais nada, pois muitos grandes grupos de clientes entraram na loja. Certamente, como era de se esperar, os melhores amigos de Padbok como Jack e Jill vieram à loja.
Kit lançou seus socos intensos, batendo no saco de pancadas no ginásio como se estivesse tentando expressar sua frustração por dentro. Ele ficou todo encharcado de suor. Ele fez uma pausa para secar-se por um segundo.
"Um soco forte e tão furioso. Você pode nunca conseguir uma namorada facilmente, P'Kit".
Kit nem se deu ao trabalho de olhar para quem estava falando, ele continuou dando socos.
"Você ainda está com raiva de mim?" Mark se colocou na frente de Kit, não se importando se ele se machucaria se Kit não parasse de bater.
"Afaste-se"
"Quando você vai parar de me evitar?"
Kit olhou para ele por um milésimo de segundo, então, ele tirou as luvas de boxe das mãos. Por hoje é só.
"Naquele dia, a culpa foi minha. Sinto muito..." Mark continuou seguindo Kit de perto. Seu temperamento explosivo, por se importar demais, fez com que ele gritasse com o Doutor Kit. Kit já o ignorava há vários dias. Inacreditavelmente, a reação fria dele o deixaria tão ansioso que ele precisava pedir perdão assim.
"P'Kit, você pode me repreender, me esmurrar, ou fazer o que quer que seja. Por favor, apenas fale comigo. Pare de ficar em silêncio assim"
"..."
Kit tirou suas coisas do armário e esbarrou no ombro de Mark enquanto ele passava. No final da noite, quase na hora de fechar a academia, não havia muitos carros no estacionamento. E não havia o carro de Mark lá.
"Eu não trouxe o carro aqui, você me dá uma carona, por favor?" Assim que Kit destrancou seu carro, Mark usou suas habilidades de sem vergonha para entrar em seu carro com uma cara inexpressiva.
"Entre, P'Kit. Já está tarde. Você não poderá usar a porta da frente a tempo".
Kit empurrou sua bochecha com sua língua. Ele não iria, mesmo que tentasse.
E ele nunca saberia como arrastar Mark, que é maior do que ele, para fora do carro. Não havia outra maneira além de ligar o carro, andar com ele e nunca dizer uma palavra como sempre.
"Ultimamente, Yu tem estado melhor. É preciso mantê-lo ocupado, para que não se distraia tanto"
Mark não se importava de falar sozinho para matar o silêncio no carro.
"Acho que vou levá-lo para aprender a dirigir. Você tem que ir comigo. Eu não me importo. Você tem que ser responsável por Pha, seu amigo. Vamos curá-lo da síndrome do coração partido juntos, por favor"
O silêncio do Doutor Kit tinha começado a fazer o passageiro reclamar.
"Pare de ficar de bico como uma garota. Se não, apenas me diga como você pode me perdoar? Para que você fale comigo novamente"
Kit mordeu a língua para não responder, embora se sentisse ofendido com o insulto de que ele estava de bico como uma garota. Na verdade, Kit não ficou bravo por Mark ter gritado com ele. Ele evitou ver e falar com Mark por causa de seus próprios sentimentos que ele sentia quando Mark estava bravo com ele.
Quantas vezes ele ficou tão furioso e agiu de forma tão selvagem, repreendeu ou até machucou Mark?
Mas quando foi ele a ser tratado dessa maneira... Ele ficou atordoado de medo, e se sentiu instável.
Maldição, aquele garoto tinha muita influência sobre ele.
"P'Kit... se você não me perdoar... eu vou... te beijar agora". Mark usou sua última cartada, ele pensou que Kit iria repreendê-lo ou bater forte na cabeça dele por não ser respeitoso com um aluno sênior. Mark sorriu. Parecia que sua isca havia funcionado.
O carro que se movia com velocidade média diminuiu gradualmente e estacionou ao lado da estrada sob o controle do Kit. Pelo contrário, ao invés de ter medo, Mark tinha um grande sorriso em seu rosto e estava pronto para ser manipulado. Kit podia fazer qualquer coisa com ele, só de não ignorá-lo já é o suficiente.
Na escuridão, Kit virou seu rosto para Mark. Não apenas Mark estava incrédulo, o próprio Kit também estava. Ele não podia acreditar no que fazia.
Ocorreu tudo tão rápido, desde o primeiro segundo que os lábios de Kit tocaram seus lábios. Mark só conseguia manter seus grandes olhos abertos, seu corpo inteiro estava petrificado.
Infelizmente, o beijo repentino deles não permitiu que ambos se tocassem firmemente nas mãos um do outro. O instinto de Mark fez com que suas mãos segurassem o rosto de Kit, movendo-se para o ângulo adequado para que seus lábios tocassem mais, por toda a boca. O mais jovem, porém mais experiente, empurrou lentamente o aluno novato e sênior para abri-la, o suficiente para deslizar sua língua para dentro.
Kit grunhiu dentro de sua garganta como sinal de protesto. Este beijo havia invadido sua boca demais. As mãos de Kit estavam se movendo ao redor do pescoço de Mark. Ele queria empurrá-lo para longe, no entanto, foi o movimento errado. Parecia até que ele estava deixando Mark invadir mais.
"Che... chega". Apenas uma palavra pôde escapar de seus lábios. Ainda assim, aquele que tinha pedido para ouvir a voz de Kit durante todo o dia o ignorou completamente. Mark só continuou beijando Kit como se fosse um homem faminto que não conseguia parar de saborear seus lábios uma vez servidos.
"Ai..." A dor repentina que Mark sentiu em seus lábios, e o sabor desagradável de seu sangue. Foi uma mordida que Kit lhe deu de brinde. Foi o suficiente para o beijo repentino de agora pouco?
Mark recuperou sua consciência. Então, ele sentiu que seu corpo estava aquecendo. Sua respiração estava pesada. Ele estava ofegante. Ele se afastou do Doctor Kit para ver seu rosto mais claramente.
"Mãos..." Kit também respirava pesadamente, no entanto, ele avisou Mark.
Mark viu suas mãos como prova, segurando as tiras das calças do Kit.
Sim... ele estava desatando-as sem que ele mesmo percebesse.
Kit afundou em seus pensamentos por um bom tempo. A ansiedade e a sensibilidade que ele sentia por este garoto júnior, que era um homem igual a ele... o beijo não intencional... deveria ter sido nojento. Ele deveria ter tido alguma resistência. Deveria ter terminado com estranheza, não é mesmo?
Mas como prova para si mesmo desta vez... é totalmente o oposto.
"P' Kit..." Mark chamou aquele que ficou parado, sem sinais de brincadeira ou de qualquer provocação. Havia muitas perguntas que ele gostaria de fazer. Muitos sentimentos misturando-se dentro dele, ele gostaria de dizer a Kit como ele se sentia.
"Não diga". Kit pediu ferozmente e ligou o carro abruptamente.
Agora é a vez de Mark manter sua boca fechada.
O sangue vermelho em seus lábios começou a secar, cobrindo a mordida no canto da boca. Em poucos dias, este pequeno hematoma desapareceria.
No entanto, o beijo dessa noite nunca desapareceria do coração deles.
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