Capítulo 02 – Versão Literária
Ti ti… ti ti…
No entardecer, em um hotel que ficava em frente a uma escola reconstruída em Mandalay, um funcionário da limpeza entrou cuidadosamente no quarto 504, recém-desocupado, para realizar a higienização. Antes de entrar, seguindo as instruções do gerente, ele lembrou-se das advertências sobre objetos que haviam desaparecido misteriosamente.
"Olá… aqui é a limpeza…", anunciou ao entrar.
"Olá… recepção. O quarto 504 já fez check-out," respondeu a recepção, confirmando a situação.
Mesmo assim, o gerente ligou imediatamente para o responsável de emergência. O quarto estava em completa desordem: lixo espalhado, móveis fora do lugar e pertences de valor desaparecidos. Objetos caros deixados sobre a mesa de centro e no mini-bar haviam sumido. Durante a inspeção, alguns itens reapareceram misteriosamente, confundindo ainda mais a equipe de limpeza.
Antes do check-out, percebeu-se que alguém além do hóspede registrado havia acessado o quarto. Evidências indicavam que o mini-bar havia sido usado, mas ninguém podia confirmar exatamente quem. O gerente tentou restringir o acesso, mas, no dia seguinte, Mahazin instruiu que o quarto fosse reaberto para nova inspeção. Silenciosamente, outra entrada havia ocorrido, quase imperceptível para qualquer funcionário.
Mahazin conduziu a investigação com precisão, comunicando cada detalhe à supervisão. Eventualmente, documentou a entrada não autorizada como fato verídico. Não se tratava apenas de um quarto comum, mas de um local ligado a perdas misteriosas e registros de hóspedes, exigindo atenção minuciosa.
Enquanto isso, Mahazin enfrentava seus próprios dilemas pessoais. Responsável por 31 jovens mulheres, lidava com tensões físicas e emocionais e refletia sobre suas limitações e sentimentos mais profundos.
"Sim… sou responsável por estas 31 salas," murmurou para si mesma, observando a situação com cuidado.
Sua capacidade emocional e física era posta à prova. Mahazin tentava equilibrar senso de justiça, responsabilidade e afeto, enfrentando sentimentos de raiva, confusão e tristeza, enquanto reconsiderava suas convicções sobre amor e cuidado.
Em outro quarto, o 501, registros de hóspedes revelavam transações envolvendo pedras preciosas em Mandalay. Ao revisar os documentos, Mahazin sentiu um choque profundo: o peso histórico e emocional contido naquelas páginas a atingia com força.
Exausta e emocionalmente abalada, ela correu pelos corredores do hotel, refletindo sobre a situação e os desafios do dia. A urgência e o perigo a acompanhavam, enquanto tentava lidar com problemas do hotel e questões pessoais simultaneamente.
"Shyandana… é isso," murmurou, lembrando-se do nome que permanecia gravado em seu coração, quase como uma tatuagem emocional.
Finalmente, Mahazin buscou refúgio em um ponto elevado do hotel. Ao contemplar o céu claro e estrelado, soltou um grito que misturava alívio e frustração. Sua mente fervilhava com pensamentos e emoções, refletindo a complexidade de seu papel e a intensidade dos desafios enfrentados naquele dia.
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