Enchante - Capítulo 04

Capítulo 04

 "Destino?"

 Theo falou incrédulo, as sobrancelhas ligeiramente franzidas em confusão, na verdade, ele tinha um conhecimento bastante básico da língua tailandesa, mas algumas palavras realmente não podiam ser traduzidas.

 Ah, você é mestiço ", gaguejou Phupha.

 "Sim, Phi, existem palavras difíceis que não consigo traduzir bem", respondeu Theo.

 "Bem, eu vou primeiro, não vou incomodar mais", disse o outro com uma expressão um pouco indiferente no rosto.

 "Ah ..."

 "Mas como posso contatá-lo? Para marcar um encontro para tirar as conclusões e prepará-lo para os exames" disse Phupha que estava prestes a sair, mas quando se lembrou disso, voltou-se para perguntar.

 "Oh," Theo disse com um sorriso.

 "Me dê o seu número."

 Phupha disse enquanto seus olhos se afastavam de Theo ao sentir as pernas tremendo, mesmo assim, ele manteve sua postura séria.

 "Me dê seu celular, eu te darei o número" Theo respondeu com um largo sorriso.

 Quanto mais ele olhava para ele, mais divertido ele ficava, quanto mais largo seu sorriso Phupha mais ele olhava para longe, então Theo achava divertido brincar e sorrir com a pessoa a sua frente.

 "Hmm" Phupha pegou o telefone no bolso da calça e entregou-o facilmente a Theo.

 "Então eu irei primeiro."  Theo encolheu os ombros deliberadamente, sorrindo mais uma vez e devolveu o telefone ao proprietário, que se recusou a olhá-lo nos olhos.

 Theo apenas riu em seu coração, mas mostrou um rosto suave, pensando um pouco sobre isso, parecia-lhe que esta escola era mais divertida do que ele pensava

 "Boa sorte*!"  Phupha disse adeus, mas acidentalmente ligou para Theo novamente.

 (Nota :: A palavra original é chôhk dii โชค ดี é uma forma amigável de se despedir, chôhk dii significa boa sorte.)

 "Sim?"  Theo se virou com um olhar questionador.

 "Se eu puder conectar você por linha, certo?", Phupha perguntou com o rosto ligeiramente vermelho.

 "Experimente, Phi, não tenho certeza."  Theo deu-lhe outro largo sorriso antes de virar as costas para ele e descer as escadas de bom humor, assobiando alegremente enquanto os dois pés se dirigiam para a biblioteca que era seu trajeto.

 •••

 "Sua carteira de estudante."

 Uma voz soou quando ele estava prestes a entrar na biblioteca, virando da esquerda para a direita, ele viu um bibliotecário na casa dos trinta ao lado de um dispositivo colocado perto da porta, Theo tirou o cartão de estudante de sua carteira e tocou na máquina de onde estava um longo pedaço de papel pendurado.

 A máquina fez um barulho alto como se fosse um dispositivo de impressão funcionando antes de o papel preso à máquina deslizar mostrando o número de sua carteira de estudante.

 "Isso é normal?"

 Theo se virou para perguntar ao bibliotecário e o homem acenou com a cabeça, antes de estender a mão em direção à biblioteca.

 O clima às cinco da tarde estava bastante calmo, a maioria dos alunos estava no refeitório ou no pátio, havia pouca gente nesta área.

 "Sim," o outro respondeu brevemente.

 "Onde fica a área de livros tailandeses para estrangeiros?"

 Theo perguntou com medo, imaginando se aqueles livros existiam, ele não tinha certeza se existiam porque aquela não era uma escola internacional.

 "Vá diretamente para o canto esquerdo da estante, há uma lista escrita perto da área de livros didáticos."  Disse o bibliotecário

 "Obrigado"

 Theo curvou a cabeça em agradecimento antes de seguir as instruções, caminhando por um corredor cheio de mesas de leitura.

 Alguns dos alunos se viraram para olhar para ele com interesse, mas ele não podia fazer nada além de continuar andando porque não conhecia ninguém

 "Ufff"

 Ele deu um suspiro de alívio ao ver que havia livros tailandeses para estrangeiros no canto e que ninguém estava sentado naquela área.

 Era considerada a área de atuação da biblioteca que tinha tudo sobre livros estrangeiros.  Estava quieto e distante para que ninguém interferisse.

 Antes de pegar o conjunto de livros que seu pai ordenara que ele lesse, ele parecia entediado com os títulos e depois os colocou sobre a mesa.

 Quando ele abriu o dedo indicador, sua boca se moveu e seu rosto enterrou-se cansado no livro.

 O colégio tailandês foi muito melhor do que o esperado, mas ainda assim não o impediu de pensar na França.

 Embora não fosse uma pessoa que tivesse muitos amigos, pelo menos deixou um amigo que também poderia ser chamado de próximo.

 Aqui, Akk, ele foi o primeiro amigo, mas seria o único que teria na escola?  Ele ainda não sabia, mas se sentiu sortudo por ter Akk, pelo menos o salvou de se sentir como se estivesse flutuando sozinho no meio do mar.

 Ele olhou para o índice do livro intitulado "Thai Language 101", que era absolutamente enfadonho.

 Ele tentou começar a ler algo no livro, mas com a espessura disso, ele só conseguia olhar para ele com nojo.

 Era verdade que ele conseguia se comunicar muito bem em tailandês, mas em termos de usar frases longas ou escrever palavras era muito difícil para ele, ele tentava mudar de posição enquanto olhava para o livro, tinha certeza de que não era tão ruim em a linguagem, pelo menos ele esperava que Graças ao seu sobrenome, os professores foram atenciosos.

 Depois de um momento, ele virou as páginas do livro até o fim.  Ele estreitou os olhos ligeiramente antes de mostrar um sorriso malicioso ao ver as páginas e o texto do grande livro, tirou uma caneta do bolso e colocou a mão direita sobre a caneta com a intenção de escrever nela.

 'Escreve!'

 "A melhor maneira de praticar a escrita era apenas escrevendo."

 'Eu quero usar a folha de papel no final do livro para transmitir meus pensamentos por escrito'

 'Não há certo ou errado, o livro me pede para escrever, usá-lo e agir ...'

 Theo fechou o livro após escrever com um longo suspiro, ele decidiu colocá-lo de volta na estante.

 Tentar entender o livro 101 da língua tailandesa seria um assunto para o dia seguinte.

 O jovem pegou sua bolsa e saiu sem nem começar a ler um único capítulo.

 'Seja o que for, papai não sabe o que eu leio ou não, tudo o que ele pode fazer é me seguir para ver se eu realmente consegui chegar à biblioteca, só isso.'

 Theo encolheu os ombros ligeiramente antes de cruzar a soleira da biblioteca.

 •••

 "Estudar é divertido Khun Nu"

 Ele ouviu uma frase familiar do velho motorista quando abriu a porta do carro em frente à escola no dia seguinte.

 Theo se virou e sorriu levemente, mas não disse nada sobre o assunto.

 "Boa sorte rapaz."

 Theo respondeu com um sorriso amigável e pegou a bolsa ao lado antes de sair entediado do carro

 Ele havia chegado à escola muito cedo, ainda não eram 7. O jovem colocou a bolsa debaixo do braço e enfiou a mão no bolso da calça em busca de um par de fones de ouvido.

 "Tenha cuidado !"

 Um grito alto soou à distância não muito longe dele, sem nem mesmo se virar para olhar em volta, Theo instintivamente levantou a mão esquerda contra o rosto e seu movimento pareceu bem sucedido porque em apenas uma fração do tempo uma bola atingiu a sua mão. Mão esquerda que ele havia levanrado a tempo.

 "Você está ferido, Nong?"

 Ouvindo o som de alguém correndo e gritando ao longe, Theo baixou lentamente as mãos e viu um jovem de pele branca deslumbrante correndo em sua direção.  O menino estava vestido apenas com o uniforme da calça de futebol.

 A metade superior ostentava uma cor branca limpa que era preenchida com músculos do ombro arredondados, combinando com os antebraços curvos e convexos para criar a forma das duas placas peitorais proeminentes, mostrando a reentrância central como a de uma pessoa que se exercita regularmente, além disso Havia três pares de lindos músculos abdominais ondulados dispostos de maneira ordenada.

 O rosto que ficou apavorado pelo choque poderia ser considerado o de um homem bonito: os olhos eram redondos, bonitos, o nariz não era muito proeminente e as sobrancelhas escuras tinham algumas incisões faltando que eram uma característica única que também chamou sua atenção .

 "Não, eu me protegi com minhas mãos", Theo respondeu simplesmente.

 "Desculpe, Nong, tentei avisá-lo, mas não consegui chegar a tempo", disse o outro em voz baixa.

 "Ok, não estou ferido", ele sorriu levemente quando ouviu o pedido de desculpas.

 "Estou feliz que você esteja bem !! Eu estava jogando com meus amigos e perdemos a bola, por falar nisso, seu rosto me parece familiar" O garoto que não sabia seu nome falou com um aceno interessado.

 "Sim?"  Theo respondeu confuso.

 "Você é Nong Theo, o garoto de olhos azuis que é muito famoso agora."  A outra parte falou com uma cara que finalmente veio à mente.  

 "Meu nome é Theo, mas não sou famoso" Ele respondeu com uma risada seca no final da frase.

 "Você não é famoso? Nong Theo é tão famoso que as pessoas estão falando sobre como você é fofo e como você tem olhos azuis" O dono da bola de futebol falou enquanto olhava em seus olhos.

 "Phi ..." Theo gaguejou.

 "Phi Wayo, meu nome é Wayo", sorriu a outra pessoa, mostrando seus belos dentes.

 "Phi Wayo, você não vai jogar futebol com seus amigos de novo? Parece que eles estão chamando você"

 Ele disse apontando o dedo para trás de Wayo, naquele momento o resto das pessoas no campo, metade delas sem camisa e a outra metade vestida, começaram a acenar com as mãos chamando-o e levantando as mãos para cobrir a boca , gritando para dizer algo que eles não podiam ouvir.

 "Uau, que pena, toda vez que vejo você, nunca tenho a chance de falar por muito tempo."

 Wayo fala com um sorriso no canto da boca antes de levantar a bola para segurá-la entre o braço e a cintura, o movimento de suas mãos fez Theo olhar para ele e seus olhos colidiram com sua bela barriga até que ele acidentalmente engoliu saliva e rapidamente desvia os olhos da imagem à sua frente.  

 "O mar é mais profundo do que eu pensava", Wayo sorriu amplamente.

 "Sim?"  Theo repetiu.

 "Não, só estou pensando que a água do mar vai ser muito mais funda do que eu pensava."  Wayo revirou os olhos.

 "Ah, e você está com medo? Achei que você soubesse nadar"

 Theo respondeu, inclinando levemente a cabeça, dando um sorriso no canto da boca para a pessoa a sua frente,

 Então, ele decidiu dar meia-volta e dirigir-se ao refeitório como havia planejado inicialmente, sem se virar para olhar para o jovem cujo nome significava "vento".

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