Behind the Scenes - Capitulo 34 (Fim)

Capítulo 34 (FIM DA HISTÓRIA PRINCIPAL)

 Pat

 ─ Os resultados do trimestre mostraram um aumento de 3,27% no faturamento em relação ao trimestre anterior.  Os lucros foram atribuídos em 18% ao projeto de construção da Galeria de Arte de Phuket, 95% da obra está em andamento, se tudo correr como planejado será entregue em uma semana.  O trabalho mais lento é a construção de um hotel em Chiang Dao, que enfrenta problemas de transporte devido a uma tempestade no início deste mês que danificou a estrada.

 Dentro da sala de reuniões da P&P no andar de cima, Khun Manop resumiu os detalhes deste trimestre na grande tela do projetor.  Eu conhecia muito bem este lugar.  Fazia mais de um ano que segui meu pai para ouvir as reuniões e me tornei secretário.

 Eu havia registrado os detalhes da reunião que eu acabara de participar.  Cada capataz estava sentado um ao lado do outro e de vez em quando olhavam para a posição do CEO[1] que estava à cabeceira da mesa, segurei minha caneta-tinteiro observando atentamente os números que mediam o andamento da empresa nos últimos três meses.

 ─ O que acontece com o projeto em Khon Kaen?  Por que o progresso não é notável?

 ─ Devido à chuva intensa, o concreto não pode ser colocado.

 ─ Khun Pratin, estava chovendo antes mesmo de nossa empresa ser estabelecida.  Não podemos resolver este problema?  Se não, devemos fechar a empresa a cada estação chuvosa?  ─ ele moveu os olhos para olhar a pessoa responsável antes de suspirar.  ─ Vamos voltar e analisar novamente, é mesmo por causa das chuvas ou o fiscal não está verificando o local?  Recebi o relatório do GPS do carro que você entregou ao técnico para uso no trabalho, esses dias o carro saiu do alojamento quase ao meio dia.  Por favor, seja um pouco mais rigoroso com seus subordinados, ainda há um projeto pendente de Nakhon Ratchasima, vamos passar para o próximo tópico.

 A imagem projetada na minha frente mudou.  Meu pai ainda visitava a empresa nos dias da assembleia geral, ocupava o cargo de diretor.  Mas ele não estava mais muito ocupado com o trabalho, a relação entre nós melhorou depois da grande discussão e melhorou novamente toda vez que ele viu o ranking das primeiras construtoras e P&P foi incluído.

 ─ Khun Pat, às 13 horas haverá uma reunião com a ItalCorp Company sobre a construção do edifício W 905. Khun Danupol ligou para a secretaria para informar que está ocupado com assuntos urgentes.  Em vez disso, ele enviará um representante para participar da reunião.

 ─ Sim ─ eu disse a ele enquanto recebia os documentos que minha secretária me deu.  Meus olhos rolaram sobre ele para ler todos os detalhes.  Quando terminei, olhei para cima.  ─ Por favor, deixe-os e eu os lerei com atenção.

 ─ O departamento de marketing solicita à uma da tarde.

 ─ Ok, vou perturbar Phi Nida com outra coisa, peço que diga ao tio Chu para levar meu pai para casa.  No começo eu queria carregá-lo, mas aparentemente não vou conseguir.

 ─ Khun Pat, você vai comer aqui?  Phi Nida vai pedir o arroz.

 ─ Está tudo bem ─ Eu disse no caminho de volta para o escritório, havia muitos documentos bagunçados, eu poderia jurar que minha secretária os arrumaria todos os dias.  Soltei um suspiro e peguei algumas pastas para abrir espaço para as novas.

 ─ Você não vai comer em casa?

 A porta do escritório executivo se abriu.  O consultor de meia-idade da empresa estava com os braços cruzados encostado na porta, eu desviei o olhar do trabalho na minha frente por um momento para olhar para ele antes de me recostar.

 ─ O trabalho urgente chegou.

 ─ Você não trabalhou muito ultimamente, Pat?

 ─ Não, pai ─ Eu balancei minha cabeça pensando que era o melhor.  ─ O último trimestre do ano é sempre assim.

 ─ Como você disse, mas sua mãe está preocupada.

 Eu balancei a cabeça entendendo suas palavras.  Enquanto o silêncio nos envolvia, levantei minha cabeça novamente, o olhar nos olhos de meu pai continha um sentimento oculto.  Meu pai nunca disse nada sobre estar orgulhoso de mim, mas a preocupação de que eu estava sobrecarregada se refletia em seus olhos.

 ─ Deixe o tio Chu te levar para casa, eu voltarei para casa mais tarde à noite.

 ─ Pat.

 ─ Sim?

 ─ Ouvi dizer que o filho daquela casa já se formou.

Deixei um gemido sair da minha garganta.  Meu pai sempre evitou falar sobre meu relacionamento com Pran, mas ele sabia disso desde o dia em que contei à minha mãe que estava voando para meu amante no ano passado.  Enquanto isso, Pran e eu mantínhamos contato por telefone e internet.  De vez em quando tive a oportunidade de visitá-lo, porém meu pai e minha mãe não tiveram a mesma rejeição ou me colocaram uma barreira como antes.

 ─ Ele virá trabalhar com seu pai?

 ─ Ainda não sei.  Além disso, ele provavelmente não voltará tão cedo, ele terá que se segurar um pouco mais.

 ─ Não seja bobo.

 ─ Pai ─ Tirei minhas mãos do documento para me levantar.  O homem de meia-idade, que estava tentando se virar, parou.  Quando levantei minhas mãos para homenageá-lo, ele ainda estava tão pacífico como sempre.

 ─ Obrigado.

 ─ Eu realmente não gosto disso ─ ele disse em uma voz profunda, exalando cansaço em sua expressão, ele parecia o nobre derrotado pela teimosia e seriedade de seu único filho.

 ─ Mas você já provou que é maduro o suficiente, certifique-se de que eu não sinta que confiei na pessoa errada.  Não é só você nesta empresa, você também é responsável por uma centena de vidas, incluindo sua família.  Se ele voltar e vocês começarem a namorar abertamente, não negligencie seu trabalho.  Você não é uma criança, você tem responsabilidades em seus ombros, você não pode voltar a ser tão teimoso quanto antes.

 ─ Eu sei ─ Fiz uma pausa por um momento antes de dizer o que tinha em mente.

 ─ Obrigado por confiar em mim, pai.

 A porta do escritório executivo se fechou, o canto da minha boca se ergueu em um sorriso.

 Meu relacionamento com Pran estava indo bem.  Tivemos tempo para entrar em contato conosco, quando a outra pessoa estava ocupada, eu não o incomodei.  Era uma relação que tinha crescido ainda mais do que quando estávamos na faculdade.  Às vezes não conseguíamos atender chamadas ou enviar uma mensagem que o destinatário não atendeu, não era incomum.

 Minha pequena distração era o primo de Pran.  Eu não chamaria isso de ciúmes, mas enquanto Pran e eu estávamos separados, ele sempre estava lá para o meu amante, era apenas um pouco de ciúme.  Nos dias em que eu não podia vê-lo, esse alguém conseguia enxugar suas lágrimas o máximo possível.

 ***

 Desliguei depois que Phi Nida ligou para me informar que Khun Pakorn havia pedido para trazer o compromisso de amanhã para hoje às sete em um restaurante em um subúrbio bem distante de nossas duas empresas.  Um carro europeu que ia para casa de repente acenou com suas setas para sinalizar que iria virar.  Depois de usar toda a minha coragem para negociar diretamente com o dono da empresa na época, a colaboração da P&P e da SR Corp foi em uma direção melhor, respectivamente, para conseguir isso, se houvesse um trabalho que envolvesse ter que trabalhar com outra joint venture, a SR Corp foi a primeira a ser avaliada.  Era preciso admitir que era uma das primeiras opções porque, sendo uma empresa menor, poderíamos passar para trabalhos mais importantes.

 [Nota: o diálogo entre parênteses vem do outro lado da linha/chamada.]

 ─ Olá, Phaa, diga a mamãe que não vou comer em casa hoje.

 [Oh o que aconteceu?  Pat, há algum tempo você disse que iam comer juntos.]

 ─ Um trabalho urgente saiu, isso é tudo, eu vou te comprar alguns lanches quando eu voltar.

 [É sempre para trabalhar, se Pran voltar você com certeza terá tempo para ele.]

 Eu ri quando ouvi a acusação da minha irmã.  Durante as férias deste semestre, essa pessoa teve mais oportunidades de ficar em casa, depois que comecei a trabalhar fiquei muito ocupado para cuidar dela.  Meu pai permitiu que Phaa comprasse um carro para uso próprio e sua escolha foi um carro pequeno e ecológico.  Por isso não ocupava um grande espaço perto da casa.  Mesmo preocupada, dizia a mim mesma que estava crescendo, fazia isso com frequência, várias vezes ao dia.

 ─ Isso mesmo, tenho que desligar, estou dirigindo.  Quando eu terminar o trabalho eu volto logo.

 [Ok, não se esqueça dos meus lanches.]

Eu concordei antes de desligar, olhei para o trânsito da cidade grande por um momento e soltei um suspiro.  O grande círculo do sol já começava a desaparecer no horizonte.  Eu não sabia se Pran estava pensando em mim assim como eu pensava nele, ou não.

 Não era sempre que tio Pakorn e eu nos encontrávamos em algum lugar fora de seu escritório.  Havia alguns restaurantes que costumávamos ir ao meio-dia, mas quando estávamos muito ocupados ou se uma reunião durava até tarde da noite, saíamos para comer com outros funcionários, raramente nos reunimos para socializar ou discutir o trabalho de forma não oficial. .

 ***

 O restaurante que o tio Pakorn escolheu hoje era um restaurante tailandês com decoração elegante.  A maioria dos clientes eram estrangeiros ou rostos conhecidos no setor empresarial.  Dizendo ao garçom o nome da reserva, a equipe de gravata-borboleta me levou para o outro lado do restaurante ao ar livre, decorado com jardins sombreados e fontes.  O som da música podia ser ouvido junto com o som de colheres colidindo com pratos.  Phi Nida já havia pedido a comida, geralmente o cardápio era preparado com todas as comidas favoritas do dono da SR Corp. No que me dizia respeito, se eu não estivesse satisfeito, eu comia o suficiente para mostrar respeito, então eu comia sair e encontrar algo para comer no final da reunião.

 ─ Você quer que eu lhe sirva comida?  ─ Eu levantei minha mão e olhei para o meu relógio, descobrindo que era hora do compromisso.

 ─ Você pode servir agora, meu convidado vai querer comer assim que chegar.

 O pessoal foi embora.  Quando me sentei e chequei o e-mail que Phi Nida me enviou com mais detalhes sobre o projeto que seria leiloado com a SR Corp no final do próximo mês.  Enquanto isso, o cheiro da comida tocou meu nariz.  Quando o jantar ficou pronto, olhei para cima e vi que era o meu prato favorito, e não o do tio Pakorn, como sempre era necessário.

 ─ Com licença, minha secretária ligou para pedir?

 ─ Sim ─ disse o garçom enquanto colocava lentamente os outros pratos que tinha em uma bandeja e estava prestes a colocar na mesa de vidro.  Imediatamente pressionei para ligar para Phi Nida, mas a cadeira do outro lado se moveu primeiro.  Quando olhei para cima, vi que era outra pessoa e não a pessoa que de repente pediu para antecipar a reunião.

 ─ Pran?

 ─ Você não gosta desses pratos?  ─ o recém-chegado perguntou em voz baixa, mas eu pude ver seus olhos brilhando com diversão, os cantos de sua boca levemente levantados antes de ele beber água fria para saciar sua sede.  ─ Está muito quente aqui.

 ─ Quando você voltou?  Porque não me disse?  Podia ter te buscado no aeroporto.

 ─ Não teria sido uma surpresa se eu tivesse contado a você.

 Eu tensionei cada músculo do meu rosto para evitar que meu sorriso ficasse grande demais, fingi pegar um copo de água e beber, então virei minha cabeça.

 ─ Pran... Achei que você não voltaria até o final do mês.

 ─ Você não precisa fazer uma voz tão séria e fingir estar com raiva ─ ele usou o dedo do pé para chutar minha perna por baixo da mesa e pronto, a máscara que eu estava fingindo irritar caiu mesmo ele mentindo para mim para fazer eu me sinto assim.  A outra pessoa podia ver através de mim.  ─ Eu pensei que você diria que estava feliz, antes de me tornar médico[2] Eu não precisava preencher um formulário nem nada para vê-lo, devemos manter essas formalidades.

 ─ Oh, Pran ─ Eu sussurrei minha voz suplicante como de costume.  Soltei um sorriso, meu maior sorriso do ano que a outra pessoa podia ver.  O dono do nome apenas sorriu, mas nisso transmitiu a sensação de que sentia minha falta e nem escondia nos olhos.  ─ Estou feliz, mas você deveria ter me contado.  Esta é uma grande surpresa.  E se eu tivesse um ataque cardíaco?

 ─ Eu teria bombeado seu coração.

 Eu levantei minhas sobrancelhas ligeiramente em zombaria, inclinei minha cabeça e ri, olhando para cima para encher meus olhos com a imagem de seu rosto.

 ─ Venha aqui.

 ─ Não.

─ Pran, não seja teimoso comigo, você já foi muito ruim.

 ─ E daí?  Você já está entediado?

 ─ Como posso ficar entediado?  ─ fui eu que me levantei e me aproximei dele, perto o suficiente para pegá-lo e segurá-lo em meus braços.  ─ Não há uma frase que você possa dizer que me faça querer fugir.  Você já ouviu?

 ─ Você é tão bom com as palavras que até fez meu pai concordar em trabalhar com você.

 ─ Eu já te disse?

 ─ Eu não achava que eles iriam trabalhar juntos em muitos projetos como agora ─ Pran levantou a mão para me abraçar, como ele ainda estava sentado, eu me abaixei e coloquei meu nariz em seu cabelo.  O cheiro de Pran continuava tão claro como sempre, não importava quantos anos tivessem passado, era uma fragrância que me fazia sentir à vontade e me fazia voltar a ser o Pat que sentia que não tinha peso nos ombros.  ─ Tenho algo sobre o qual quero falar.

 ─ O quê?

 ─ É sobre a empresa...

 Ele ainda não havia terminado de falar, quando usei minha força para segurar o jovem em meus braços mais forte do que antes.  ─ Como você pode falar sobre trabalho imediatamente?  Faz quase um ano que não nos vemos.

 A risada ecoou em sua garganta, ele ficou em silêncio por um momento, e então ele continuou a dizer o que ele queria dizer inicialmente.

 ─ Pat, você é inconsistente.  Você já é um parceiro de trabalho, quer continuar sendo parceiro em outros assuntos?

 Eu automaticamente abaixei meus braços para encontrar os olhos do orador, sorrindo, mas não havia nenhum sinal de que ele estava brincando sobre o que ele tinha acabado de dizer.

 ─ Desculpe, deixei você por tanto tempo e agora nos vemos novamente, mas quero falar sobre um assunto que outra pessoa me enviou.

 ─ Hã?

 ─ Meu pai me pediu para negociar por ele.

 Eu não respondi, mas me abaixei para cobrir aqueles lábios vermelhos que não paravam de falar com os meus, fazendo meu coração tremer.  O beijo se alongou.  Nós nos beijamos com desejo.  Felizmente, as mesas tinham espaços individuais, então expressar abertamente nossos sentimentos profundos não deixava a outra pessoa desconfortável.  Eu podia sentir seus lábios se movendo para receber meu beijo de boa vontade.

 ─ O que exatamente seu pai lhe pediu para negociar?

 A outra pessoa sorriu, gentilmente balançou a cabeça de um lado para o outro.

 ─ Papai perguntou se além do trabalho, você gostaria de participar de outras coisas.

 ─ Que coisas, Pran?

 ─ Para ser o parceiro de vida do seu filho.

 Nossos olhos se encontraram, milhares de palavras encheram minha mente bloqueando isso, meus olhos brilharam como círculos de luz, eu estava completamente focado em não pular como meu coração estava fazendo agora.

 ─ Sim, estou interessado, quais são suas condições?

 ─ Seja um bom menino, não seja tão ruim, não há prazo e acho que você sabe quais outras condições você tem que cumprir.

 ─ Tenho que assinar um contrato?

 ─ Lamento, a Tailândia não aprovou a lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo.  Neste momento, apenas uma promessa será suficiente ─ disse Pran, suas bochechas coradas.

 A música tocava baixinho ao vento, porque a parte aberta do restaurante estava acima de nós, havia centenas de milhares de estrelas que pareciam deslumbrantes, não pude deixar de colocar a mão no pescoço um do outro para que não mudou-se.  Desde o último beijo, a atmosfera era diferente, o momento havia mudado.  Eu vi seu rosto de perto novamente, meu coração estava batendo tão forte que eu podia sentir.  A ponta do meu polegar começou a acariciar o lado de sua bochecha.  Inclinei minha cabeça para evitar a ponte de seu nariz para que o toque de nossos lábios fosse tão próximo e profundo.

 ─ Sem assinatura, sem impressão digital.  Vou selá-lo com um beijo em vez de uma promessa.

 Sussurrei perto de seus lábios antes de morder seu lábio superior e inferior, atraído pelo desejo, mas por mais intenso que fosse, o que eu estava expressando nele era o mais suave e gentil possível.  Pran fez o mesmo, sorriu embora nossos lábios estivessem unidos.

 O que tinha acontecido no passado tinha sido um pesadelo, agora estávamos todos no mundo dos sonhos.  Se isso fosse um teste do céu, eu sabia que foi feito para que, depois de provar o gosto amargo da dor e do sofrimento, eu visse o quão doce era o amor.

 ─ Não vou a lugar nenhum, Pran ─ quando meu coração ficou satisfeito com o beijo, me afastei um pouco, mantendo nossas testas juntas, sem nos separar.

 ─ Você acabou de assinar o contrato com um beijo.

─ Bem, se você sair, nós iremos juntos.

 Ele sorriu até fechar os olhos, fazia muito tempo que eu não via esse tipo de expressão nele e achava Pran extremamente fofo.

 ─ Pat ─ me chamou.  Ele moveu a cabeça para se aproximar e colocou no meu ombro, eu me inclinei um pouco mais perto e o deixei confortável.  Quando a outra pessoa esfregou a cabeça, não pude deixar de colocar a ponta do nariz de volta em seu cabelo.

 ─ Venha dormir na minha casa esta noite.

 Eu ri, antes que ele me batesse forte no peito.

 ─ Eu quis dizer que tenho muito o que conversar com você.

 ─ Oh, eu interpretei de forma diferente.

 ─ Você é um libertino.

 ─ Como você sabe como eu interpretei?

 Ele escondeu o rosto corado no meu ombro.  Ele poderia ficar lá, eu não me importava, meus olhos já tinham visto meu envergonhado Pran esta noite.

 ─ Uma pessoa como você abre a boca para falar apenas porque tem língua.

 ─ Mesmo assim, você ainda me ama, não é?  ─ com suas mãos brancas em volta do meu pescoço, Pran inclinou a cabeça levemente para me dar um leve beijo na minha bochecha áspera, me deixando quase de joelhos.  ─ Eu assinei um acordo de coabitação há pouco.

 ─ Você é bom com as palavras.

 ─ Eu não sou tão bom quanto você, você sabe.  Vamos comer, para que possamos correr para sua casa.

 ─ É.

 ─ Você tem que me pagar muito salário, Pran ─ Apontei para o rosto da outra pessoa, mas ele apenas deu de ombros.  Quando ele se moveu para se sentar do outro lado, olhei no rosto do meu amante e percebi o quão doce e deliciosa essa comida era.

 ─ Senti sua falta ─ eu disse enquanto lhe entregava meu prato.

 A outra pessoa franziu a testa, mas os cantos de seus lábios se ergueram em um sorriso, não importa quanto tempo fosse, Pran ainda era uma pessoa tímida, que não conseguia se esconder completamente de mim.

 ─ Você não vai dizer nada?

 ─ Existe algo que você ainda não sabe?

 ─ Não, mas quero ouvir algumas palavras para alegrar meu coração.

 Pran colocou minha comida favorita na minha frente, sorriu levemente, perturbando muito meus nervos.

 À noite, quando soprava o vento frio, o som da canção de ninar era o testemunho do amor, assim como centenas e milhares de estrelas que brilhavam no universo, mas a pessoa na minha frente era a estrela mais brilhante do meu coração.  Tão brilhante, tão cativante e perfeito que era difícil esconder dele quando eu era mais jovem.

 ─ Hoje à noite eu vou sussurrar para você e dizer a eles até que você esteja sem fôlego, satisfeito?

 Nosso amor estava apenas começando a florescer, provando que isso não era pecado.  Agora, na frente ou nos bastidores, poderíamos ir na mesma direção.  O sangue correu para o meu rosto, ficamos em silêncio apenas porque ainda estávamos muito tímidos para fazer contato visual após a conversa anterior.  O barulho ao meu redor era alto, mas só percebi o som do meu coração batendo tão forte que era ensurdecedor.

 Eu tinha certeza que meu ritmo era o mesmo de Pran dessa vez.

 Porque quando olhamos um para o outro, nós dois rimos baixinho.

 - Fim da história principal -

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Nota de Tradução: 

1] CEO é um diretor em tempo integral de uma empresa, ocupando um cargo executivo para supervisionar os assuntos do dia-a-dia da empresa. Ele é o chefe da administração.

[2] antes da formatura.

~ Considerações do tradutor ~

Nunca me canso de ler, seja triste ou feliz, ler isso me faz bem ....... não estou chorando, o Titanic entrou no meu olho 😭😭😭😭 😭😭😭